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As belezas de um tour entre o Santo Antônio e o Pelourinho

Publicado em: 12/12/2024
Por: Adilson Fonsêca
Atenção: Caso qualquer das fotos que ilustram essa matéria seja de sua autoria nos informe via WhatsApp (71) 9.9982-6764 para que possamos inserir o crédito ou retirar imediatamente.

Não se espante, se em plena Ladeira do Pelourinho, entre telas, esculturas e quadros expostos na calçada, se deparar com um pai de santo com seu pequeno tabuleiro de folhas, velas, pipocas em flor e adereços de umbanda, lhe oferecer os serviços de rezas, bênçãos e banhos de descarrego. Você está no Centro Histórico de Salvador, onde tudo se mistura, da religiosidade cristã às religiões de matrizes africanas; à gastronomia e a cultura. Passado e presente de mãos dadas.

Em qualquer dia da semana, entre o incessante vai e vem de baianos e turistas, o corredor entre o Largo do Santo Antônio Além do Carmo e o Terreiro de Jesus, a porta de entrada para o Pelourinho, forma um verdadeiro mosaico multicultural que se apresenta aos olhos de quem visita a área. Não há um horário e dia específicos para acontecer, mas em qualquer esquina, ladeira ou das janelas dos e escadarias dos sobrados coloniais ele se apresenta.

Da beleza inigualável da vista do alto da Baía de Todos os Santos, a partir de um dos mirantes que se estende nos contrafortes de uma Salvador Colonial, retratada nos seus casarios dos séculos XVIII e XIX, à modernidade da Praça Municipal, ao lado do Elevador Lacerda, pode-se ver uma cidade entre o antigo histórico e o novo do século XXI. E essa paisagem tanto convida a um olhar contemplativo de um pôr do sol, em um dos cafés e restaurantes debruçados nas encostas, como ao olhar da luminosidade de um sol que reflete entre barcos e navios fundeados na baía.

Mas é nos corredores, orlados por casarios colônias coloridos, de um calçamento em pedras do tipo paralelepípedo ou as históricas “cabeça de nego”, trazidas pelos antigos escravos africanos, que a “baianidade” explode em cores, ritmos e sons. Um pastel ou um abará em um dos bares da Cruz do Pascoal – a divisa entre o Santo Antônio e o Carmo – um passeio “sobe e desce” no velho Plano Inclinado Gonçalves, atrás da Catedral da Sé, de 1889, ligando a parte alta do Centro Histórico à Cidade Baixa, ou seu similar, o Plano Inclinado do Pilar, de 1895, e ainda em funcionamento, tudo convida ao passeio.

Vale a pena andar até se cansar. Subir e descer pelas ruas, becos e ladeiras, seguindo por um corredor que mais parece uma cena de presépio, e que inspiram muitos artistas plásticos, que expõem suas artes em telas colocadas à vista do público, em pleno calçadão. E se der fome, há inúmeras opções, desde cafés temáticos, bares com mesas e cadeiras na calçada, aos tabuleiros das baianas, onde o acarajé e o abará são vendidos. O Centro Histórico de Salvador parece uma eterna festa aos olhos e sentidos.

E depois dessa andança, de pouco de quase dois quilômetros, sempre sobra tempo para rezar ou simplesmente contemplar as relíquias históricas e religiosas de igrejas de quase quatrocentos anos de existência, como as de Santo Antônio, dos Perdões, do Paço (onde foi filmado O Pagador de Promessas), o Convento e Igreja da Ordem 3ª do Carmo, a icônica Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, e o quadrilátero religioso do Terreiro de Jesus – Catedral da Sé, São Domingos, São Pedro e São Francisco.

Isso é Bahia!

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